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Engenharia Florestal

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No Mundo

 

Um frase muito famosa de Cotta, quando certa vez disse de si mesmo: “Eu sou um filho da floresta… Nenhum telhado cobre o local onde nasci, carvalhos e folhas sombreiam sua solidão e a grama cresce em cima dele. A primeira música que ouvi foi dos pássaros da floresta, os meus primeiros ambientes foram árvores. Assim, meu nascimento determinou a minha vocação”.

   A Alemanha também foi pioneira no ensino florestal de nível superior. Em 1811 o silvicultor Heinrich Cotta fundou a Real Academia Florestal, em Tharandt, perto de Dresden, e na mesma época foi criado o Jardim Botânico Florestal de Tharandt, um dos mais antigos do mundo. Na Saxônia, assim como em outras regiões da Alemanha, a devastação das florestas provocou o aparecimento de projetos de gestão, reflorestamento e ensino de silvicultura.

 

 

   Heinrich Cotta (1763-1844)

 

 A figura acima apresenta a Academia Florestal de Tharandt – Universidade de Tecnologia de Dresden – UTD, 2013, a primeira escola de Engenharia Florestal, criada por Cotta.

  *Com informações da Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais.

No Brasil

 

     

      O Ensino Florestal em Viçosa teve início em 1927, após a inauguração da Escola Superior de Agricultura e Veterinária (ESAV) em 28 de agosto de 1926, que já contava, entre os seus 15 departamentos, com o Departamento de Silvicultura

      Em 1948, a ESAV foi transformada em Universidade Rural do Estado de Minas Gerais (UREMG), o que permitiu a realização do primeiro Concurso de Cátedra de Silvicultura do País, em 1959, com a consequente admissão de novos professores.

      Em 30 de maio de 1960, pelo Decreto n° 48.247, com o apoio da FAO, órgão das Nações Unidas para a Agricultura e mediante acordo firmado entre a UREMG e os Ministérios da Agricultura e da Educação e Cultura, foi criada em Viçosa a primeira Escola de Engenharia Florestal do País. Entretanto, é importante esclarecer que esta Escola de Engenharia Florestal, por razões diversas, estava prevista para ser instalada em Santa Maria – RS, conforme tratativas em 1958 feitas pelo Dr. José Mariano da Rocha Filho (Reitor da UFSM) com o grupo da FAO em Munique, Alemanha.

      Acontece, que quando estava tudo equacionado e praticamente certo, o Dr. Paulo Ferreira de Sousa e sua equipe convidaram, de imediato, os representantes da FAO para uma reunião com o Presidente da República, na época, Dr. Juscelino Kubitschek de Oliveira. Esta ocorreu em 1959 em Belo Horizonte, Minas Gerais, quando o Presidente concordou com a criação da Escola, desde que em Viçosa, terra de Arthur Bernardes.

      Assim surgiu em 1960, naquela pequena cidade da Zona da Mata de Minas Gerais, o PRIMEIRO CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL DO BRASIL, tendo o segundo curso sido criado em 1963, em Curitiba, Parana, e o terceiro em 1969, em Santa Ma-ria, Rio Grande do Sul. 

        O Governo do Estado de Minas Gerais, juntamente com a UREMG, resolveu manter a unidade de ensino florestal de nível superior e, pelo Decreto nº 7.419, de 21 de fevereiro de 1964, deu continuidade a Escola de Engenharia Florestal com a denominação de Escola superior de Florestas (ESF), reformulada pelos Departamentos de Administra-ção Florestal, Conservação Florestal, Dendrologia e Ecologia, Silvicultura e Tecnologia de Produtos Florestais. tendo como primeiro Diretor Brasileiro (até então o Diretor era da FAO – Dr. Gerhard Speidel) o Professor Arlindo de Paula Gonçalves.

      Entre seus méritos este renomado Professor, realizou a façanha de diplomar, ain-da naquele ano, no dia 18 de dezembro, os seus cinco primeiros Engenheiros Florestais do Brasil: Geraldo José dos Santos, José Sales Mariano da Rocha, Reinaldo de Jesus Araújo, Renato Mauro Brandi e Sebastião Moreira Ferreira da Silva. A ESF passou então, a constituir uma das unidades de ensino da UREMG, seguindo os objetivos básicos de sua filosofia: Ensino, Pesquisa e Extensão. Em 1969, ocorreu a federalização da UREMG, que veio denominar-se Universidade Federal de Viçosa (UFV).

      Em de julho de 1978, obedecendo à Portaria Ministerial nº 465, a UFV passa por uma profunda mudança organizacional e administrativa, quando a Escola Superior de Florestas, com as suas cinco unidades departamentais, se transforma no Departamento de Engenharia Florestal (DEF), vinculado ao Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Viçosa. Ficou ai concretizado o Curso de Engenharia Florestal da UFV, o PRIMEIRO do Brasil.

 

Professor José Sales Mariano da Rocha
Em 15 de junho de 2020.